quinta-feira, 15 de março de 2012

Manifestações articuladas pelas redes sociais ganham força


 Edurne Miravete

O advento da internet torna-se um fator cada vez mais importante para sociedade e ganha força dia após dia. Além de permitir uma democratização da informação e domínio cultural, a internet propicia manifestações políticas, econômicas, e de valores impregnados na sociedade. A novidade é a forma como essas articulações ocorrem. Elas são, com freqüência, convocadas através de redes sociais como Facebook e Twitter, por exemplo.
Há pouco menos de um mês, alunos das Faculdades Dom Bosco organizaram um protesto contra a violência, após dois assassinatos consecutivos, naquelas proximidades. Um dos jovens mortos era aluno da instituição. Revoltados, os universitários se articularam pela internet e demonstraram sua insatisfação diante dos fatos.
A “Primavera Árabe”, onda revolucionária que invadiu alguns países do Oriente Médio e Norte da África, como o Egito, por exemplo, teve em muitos casos sua origem online. Através dos sites, a população pode expressar suas críticas ao governo e se organizar. No Brasil, o Dia da Independência – 7 de Setembro – foi marcado por várias manifestações contra a corrupção. Há ainda algumas manifestações carregadas de ironia como a que aconteceu em maio em São Paulo, mais especificamente em Higienópolis. Após uma declaração infeliz sobre a instalação de um metrô no bairro, alguns internautas resolveram organizar um churrasco no bairro.
A grande vantagem desse novo método é a abrangência alcançada e velocidade com que os fatos circulam. O que antes levava meses para ser organizado, hoje pode ser em questão de dias. Mas para o professor do curso de Jornalismo Álvaro Britto, a grande mudança não ocorre no espaço virtual. “A troca de informações e esse espaço para furar o bloqueio da grande mídia é muito válida. É mais um espaço de divulgação. Mas o espaço de real mudança é a rua! A internet é apenas uma ferramenta”, opina Álvaro.

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