O advento da internet torna-se um fator cada
vez mais importante para sociedade e ganha força dia após dia. Além de permitir
uma democratização da informação e domínio cultural, a internet propicia manifestações
políticas, econômicas, e de valores impregnados na sociedade. A novidade é a
forma como essas articulações ocorrem. Elas são, com freqüência, convocadas
através de redes sociais como Facebook e Twitter, por exemplo.
Há pouco menos de um mês, alunos das
Faculdades Dom Bosco organizaram um protesto contra a violência, após dois
assassinatos consecutivos, naquelas proximidades. Um dos jovens mortos era
aluno da instituição. Revoltados, os universitários se articularam pela internet
e demonstraram sua insatisfação diante dos fatos.
A “Primavera Árabe”, onda revolucionária
que invadiu alguns países do Oriente Médio e Norte da África, como o Egito, por
exemplo, teve em muitos casos sua origem online. Através dos sites, a população
pode expressar suas críticas ao governo e se organizar. No Brasil, o Dia da
Independência – 7 de Setembro – foi marcado por várias manifestações contra a
corrupção. Há ainda algumas manifestações carregadas de ironia como a que
aconteceu em maio em São Paulo ,
mais especificamente em
Higienópolis. Após uma declaração infeliz sobre a instalação
de um metrô no bairro, alguns internautas resolveram organizar um churrasco no
bairro.
A grande vantagem desse novo método é a
abrangência alcançada e velocidade com que os fatos circulam. O que antes
levava meses para ser organizado, hoje pode ser em questão de dias. Mas para o
professor do curso de Jornalismo Álvaro Britto, a grande mudança não ocorre no
espaço virtual. “A troca de informações e esse espaço para furar o bloqueio da
grande mídia é muito válida. É mais um espaço de divulgação. Mas o espaço de
real mudança é a rua! A internet é apenas uma ferramenta”, opina Álvaro.
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