quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Monitoramento de alunos através de chips em uniformes é discutido no país

Por Dhandara Ferreira 4º Período

A partir de agora, vai ser mais difícil alunos dos ensinos Médio e Fundamental “matar” aula no Brasil. Um dispositivo eletrônico está sendo utilizado em algumas cidades, para controlar a presença deles em sala de aula.. O chip é grudado na camisa dos alunos que, ao se aproximarem de um sensor, seus nomes são registrados no computador, tanto na entrada quanto na saída da escola. Minutos depois, as mensagens aparecem no celular do pai ou responsável.

Em razão do aumento do número de estudantes que cismam em deixar a escola no decorrer das aulas, principalmente no ensino médio, essa foi a solução encontrada pela direção de algumas escolas. É o caso da E. M. Samambaia, localizada a 40 km de Brasília, uma das primeiras a aderir à ideia.
Dos seus 1.800 alunos, 42 de uma mesma turma estão usando uniforme com chip. Antes da implantação, metade dela abandonava a aula pelo menos 15 minutos antes do termino, no final da tarde, horário considerado muito  crítico.Com a implantação do chip dedo duro,  em 15 dias esta rotina mudou.

Para a professora e coordenadora do Curso de Comunicação Social do UBM, Melissa Ribeiro, a ideia representa segurança e vigilância.
- Segurança para os pais e vigilância para os alunos. Esse controle gera uma inibição para os alunos e, assim, determina seu comportamento. Talvez esse seja o ponto negativo: a tecnologia implica mudanças. Os alunos não vão se sentir à vontade, sendo vigiados dessa maneira. Porém, para o controle dos pais é uma forma válida de saber realmente se seus filhos estão indo ou não para a aula – disse a coordenadora.

Já para o aluno de Jornalismo, Vinícius Magalhães, a medida é controladora e há outras maneiras de manter a segurança dos alunos, como por exemplo o policiamento não armado em frente às escolas. Porém, para Vinícios o método do chip nos alunos “é evasivo demais.”.

O operador de vídeo do UBM, Luiz Fernando Carvalho, acredita que essa é sim uma experiência válida. “Antigamente, as escolas eram militarizadas e não tinham toda essa liberdade de hoje em dia. Os jovens estão aproveitando essa liberdade de forma errada, matando aulas, ou fugindo da escola. Tal ideia é uma forma de obriga-los a ver que eles têm direitos, porém também existem seus deveres. Por isso considero válida  a experiência.”