quinta-feira, 1 de março de 2012

Lei pode autorizar a venda de álcool dentro dos estádios

Por Edson Sill
Está em votação uma cláusula dentro da Lei Geral da Copa, que permite a comercialização de bebidas alcoólicas dentro dos estádios, durante a realização da Copa do Mundo. Vale ressaltar que também está em vigor, há dois anos, o Art. 13 do Estatuto do Torcedor, que impede o mesmo de “portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência”.
Segundo dados do Ministério Público houve redução de cerca de 70% da violência nos estádios, após aprovação da Lei 12.299 de 2010, que fez a alteração no artigo 13 do Estatuto do Torcedor. Mesmo assim a liberação da bebida alcoólica durante a Copa do Mundo pode estar perto de acontecer. Tal fato ocorre porque essa é uma das exigências da FIFA (Federação Internacional de Futebol), uma vez que grande parte dos patrocinadores do evento é fabricante de bebida alcoólica.
Por isso, o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG) enviou uma carta a deputados federais, criticando a liberação de bebida alcoólica nos jogos da Copa do Mundo de 2014: “É com perplexidade que o Ministério Público tem acompanhado as discussões atualmente promovidas no Congresso Nacional, priorizando-se a visão econômica, em detrimento da segurança, dando como certa a abolição das medidas restritivas ao consumo de bebidas alcoólicas, desprezando e aniquilando as conquistas e resultados alcançados”, diz a carta do conselho de procuradores.
E você? O que acha da liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa?
O Entrelinhas foi às ruas para saber o que a população está achando disso.
Confira!
“Para mim já existe violência suficiente sem a bebida. A bebida estimula a violência. Lá fora, após o jogo, tudo bem”.
Eli Maria do Nascimento, 28 anos, auxiliar de serviços gerais
“Não vejo problema nenhum nisso. A consciência é de cada um. Com ou sem bebida existe a violência.”
Aline Pinto, 27 anos, jornalista
“Com certeza a bebida causa exaltação, estimula a violência. A venda deveria continuar proibida”.
Robson da Silva, 44 anos, segurança
“A bebida já se encontra em qualquer esquina. Violência existe com e sem bebida. O mundo já é violento por si só.”
Sílvia Miranda, 24 anos, empresária

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