Por Edson Sill
Está em votação uma cláusula dentro da Lei Geral da Copa, que permite a
comercialização de bebidas alcoólicas dentro dos estádios, durante a
realização da Copa do Mundo. Vale ressaltar que também está em vigor, há
dois anos, o Art. 13 do Estatuto do Torcedor, que impede o mesmo de
“portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de
gerar ou possibilitar a prática de atos de violência”.
Segundo dados do Ministério Público
houve redução de cerca de 70% da violência nos estádios, após aprovação
da Lei 12.299 de 2010, que fez a alteração no artigo 13 do Estatuto do
Torcedor. Mesmo assim a liberação da bebida alcoólica durante a Copa do
Mundo pode estar perto de acontecer. Tal fato ocorre porque essa é uma
das exigências da FIFA (Federação Internacional de Futebol), uma vez que
grande parte dos patrocinadores do evento é fabricante de bebida
alcoólica.
Por isso, o Conselho Nacional de
Procuradores-Gerais (CNPG) enviou uma carta a deputados federais,
criticando a liberação de bebida alcoólica nos jogos da Copa do Mundo de
2014: “É com perplexidade que o Ministério Público tem acompanhado as
discussões atualmente promovidas no Congresso Nacional, priorizando-se a
visão econômica, em detrimento da segurança, dando como certa a
abolição das medidas restritivas ao consumo de bebidas alcoólicas,
desprezando e aniquilando as conquistas e resultados alcançados”, diz a
carta do conselho de procuradores.
E
você? O que acha da liberação da venda de bebidas alcoólicas nos
estádios durante a Copa?
O Entrelinhas foi às ruas para saber o
que a população está achando disso.
Confira!
“Para mim já existe violência suficiente sem a
bebida. A bebida estimula a violência. Lá fora, após o jogo, tudo bem”.
Eli Maria do Nascimento, 28 anos, auxiliar de
serviços gerais
“Não vejo problema nenhum nisso. A consciência é
de cada um. Com ou sem bebida existe a violência.”
Aline Pinto, 27 anos, jornalista
“Com certeza a bebida causa exaltação, estimula
a violência. A venda deveria continuar proibida”.
Robson da Silva, 44 anos, segurança
“A bebida já se encontra em qualquer esquina.
Violência existe com e sem bebida. O mundo já é violento por si só.”
Sílvia Miranda, 24 anos, empresária
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