terça-feira, 2 de julho de 2013

UBM sedia Olimpíada Especial marcada por amor e voluntariado

Por Larine Flores

Evento contou com representantes de diversas cidades
(Foto: Renan Tolentino)

O Centro Universitário de Barra Mansa recebeu na manhã de sábado (29) atletas de diversas cidades do estado do Rio de Janeiro para a 9ª Edição da Olimpíada Especial. A iniciativa tem como objetivo a inclusão social de portadores de deficiências intelectuais, físicas, auditivas, visuais, entre outras.


Hino Nacional é interpretado em Libras
(Foto: Renan Tolentino)

A abertura do evento foi marcada pela execução do hino nacional, também interpretado para a Língua Brasileira de Sinais, o juramento do atleta, proferido pelos participantes em respeito à competição, e a corrida de fogo simbólico, representada por alunos de Barra Mansa.

Voluntário no evento, Edvaldo Barbosa Rameira é professor de educação física e participa há sete anos. Durante o primeiro ano, Edvaldo participou como aluno da instituição e a experiência foi tão significativa que o incentivou a continuar o trabalho. Segundo ele, a Olimpíada é uma forma de valorizar os portadores de necessidades e integrá-los à sociedade. Para ele, a participação em um evento esportivo é importante também para a construção de uma auto estima positiva.
O professor Edvaldo é voluntário há sete anos
(Foto: Renan Tolentino)

Os estudantes do terceiro período de Educação Física, Natham da Silva Oliveira, de 21 anos, Gisele Caetano, de 24 anos, Thainara Moreira, de 19 anos, Luis Gustavo Chaves, de 19 anos, Jackson Ferreira, também de 19 anos, concordam com Edvaldo e seguem o caminho do professor. Para eles, a prática de esportes e a convivência ajudam os atletas a superarem e os motiva a vencerem cada vez mais desafios. O grupo afirma ainda ser um prazer participar de um evento inclusivo.
Solidários, universitários participam pelo segundo ano
 (Foto: Renan Tolentino)

Entre todos os voluntários que doam tempo e disponibilidade para a realização do evento, talvez os familiares sejam os mais empenhados. Tal vigor e comprometimento são pintados em cada traço de batom de Márcia Aparecida Magalhães, que se auto-intitula “tia-mãe” de Mariana Magalhães Andrade, de 23 anos.

Aos três meses de idade, Mariana sofreu uma meningite, que causou hidrocefalia, comprometendo áreas do cérebro da jovem. Mariana tinha apenas cinco anos quando a mãe faleceu, vítima de um acidente automobilístico. A criança, que acompanhava a mãe no momento do acidente, passou então a ser criada pela tia.

“Apesar de todos os problemas de saúde, as internações e dificuldades, Mariana é um exemplo. É feliz, disposta e inspiradora, além de estar sempre animada!” diz Márcia, orgulhosa.


Márcia e Mariana
(Foto: Renan Tolentino)


Segundo Márcia, a Olimpíada é de grande importância para os participantes e uma das maiores alegrias da sobrinha, que neste ano se inscreveu para vôlei, zigue-zague e corrida. “Ela arruma o uniforme na noite anterior, mal consegue dormir... É muita ansiedade” relata. Perguntada sobre as expectativas de Mariana pelas premiações, Márcia é categórica: “A medalha não importa de nada. O importante é a convivência, a alegria em participar. O importante é a alegria deles!”. E quem vê Mariana correr e brincar com outros atletas não duvida. O que mais poderia importar?

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